O presidente da FPN, António José Silva, apresentou hoje o programa À PROVA DE ÁGUA no Diário da Manhã da CMTV com Manuel Pinto Coelho.
O programa assenta no reconhecimento do valor dos estímulos psico-motores durante a infância, salientando-se a importância da competência aquática, quer no desenvolvimento integral da criança, quer enquanto medida preventiva direta do afogamento.
Segundo o Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores que reporta ao período de 1 de janeiro a 30 de setembro, em 2022 verificaram-se 134 mortes por afogamento, mais 55,8% que no período homólogo anterior.
Conscientes de que não é possível alterar o passado, este programa propõe-se a reunir esforços e apresentar estratégias adaptadas a cada contexto, com vista à construção de um futuro melhor, sabendo das competências educativas sob a responsabilidade dos Municípios.
A competência aquática e associada à sobrevivência, controlando situações de risco de afogamento e normas de segurança, são o propósito central deste programa, que sugere uma prática em piscina (programas mistos) cobrindo vários estádios de aprendizagem, focados no nado sem pé, abarcando ainda atividades complementares em espaços de água diversos, para aprofundar o conceito de perícia aquática, através da iniciação ao salvamento aquático, canoagem, surf e vela.
Passível de ser promovido em duas etapas de formação escolar, o pré-escolar (3–5 anos) e o 1º ciclo do Ensino Básico (6-11 anos), proporciona uma aproximação das crianças e sociedade local, aos planos de água, garantindo a exploração em segurança dos recursos naturais e especificidades de cada território.
É no âmbito da descentralização de competências da Administração Central, que dota o poder local de todos os instrumentos para que de forma ágil e concreta, contribuam para a resolução dos principais problemas das populações, que se assume como determinante e fundamental para o cumprimento do objetivo deste programa, a integração, parceria e adesão dos municípios.
Fonte: FPNatação